Marca: o elo invisível entre o que a clínica é e o que ela representa
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LeMa


Marca: o elo invisível entre o que a clínica é e o que ela representa
Em 2018, escrevi um artigo sobre branding no contexto geral das organizações, publicado no Jornal Conceição, em Florianópolis, com o título Marca: o que a maioria desconhece. Hoje, trago uma releitura voltada ao universo das clínicas médicas.
No mercado da saúde, cada vez mais competitivo, é comum vermos clínicas buscando diferenciação com equipamentos modernos, estrutura confortável e presença digital. Tudo isso importa, claro. Mas há um ponto essencial que muitos gestores ignoram ou deixam em modo de espera. Imersos nas demandas do dia a dia, acabam esquecendo da construção da marca, que é, em sua maior parte, intangível.
Intangível, LeMa? Sim. Marca não é só o logotipo.
Durante muito tempo, a ideia de marca foi restrita aos elementos visuais: cor, símbolo, fonte, fachada bonita, pastas personalizadas, uniformes alinhados e por aí vai. Mas marca vai muito além disso.
Ela é, na prática, a percepção que as pessoas têm da sua clínica. Não só o que se vê, mas o que se sente.
Uma marca bem construída carrega uma promessa. É quase como uma memória emocional que o paciente leva consigo depois da consulta. É o sentimento de confiança que faz com que ele volte e indique. É o jeito como descreve sua clínica para alguém.
Identidade ≠ Imagem
A identidade da clínica diz respeito ao que ela realmente é. Seus valores, a forma de atender, a cultura vivida no dia a dia. Já a imagem é o que o mundo vê. E nem sempre essas duas abordagens estão em sintonia.
É comum vermos clínicas com agências excelentes, cuidando da imagem com profissionalismo admirável. Mas a identidade, que é mais sutil e nasce de dentro, muitas vezes está pouco desenvolvida.
Quando há coerência entre identidade e imagem, o marketing flui com mais verdade. Gosto de pensar que a comunicação deixa de ser sobre vender e passa a ser sobre revelar. E isso faz toda a diferença.
A marca não é um departamento
Não dá para esperar que o setor de marketing, quando existe, carregue sozinho o peso de construir a marca.
O atendimento, o corpo clínico, a recepção, a sala de espera, o tom de voz nas mensagens de WhatsApp... tudo comunica. Tudo constrói ou compromete a marca.
"Por isso, pensar em marca é pensar em cultura. É olhar para dentro antes de querer aparecer para fora." Pode me citar nisso.
Design importa. Ainda mais com propósito.
O design, quando bem orientado, tem o poder de traduzir o que a clínica acredita. Ele não é um enfeite. É uma ferramenta de identidade e imagem. E precisa estar alinhado com o que se vive e se entrega.
Clínicas que entendem isso constroem valor duradouro. E se destacam não só pelo que oferecem, mas por quem são.
E por que isso tudo importa?
Porque clínicas que cuidam da marca, cuidam da confiança. E quem cuida da confiança, cuida de pessoas. O elo da confiança, na área da saúde, vale mais do que qualquer campanha. É ela que fideliza, que atrai novos pacientes e sustenta o crescimento.
Quer construir uma marca forte? Comece entendendo que ela já existe, mesmo que você nunca tenha pensado nela.
A questão é: o que sua clínica está comunicando sem perceber?
Bora clarear isso? Faz parte do meu show. Que categoria :)


LeMa - Consultor de Marketing
14 de julho de 2025